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Magazine

Suzana Glogowski do Studio MK27 fala sobre os impactos da pandemia no desenho das cidades

18 de julho, 2020

Entrevistas ・ Covid-19 ・ Pandemia ・ Suzana Glogowski
Fotografia por Fran Parente
Fotografia por Fran Parente

Assim como os sintomas de Covid-19 variam caso a caso, os sentimentos e sensações gerados em pacientes, assintomáticos e em quem não está contaminado com a doença, também. Alguns se nutrem da esperança de retomada em um mundo melhor, enquanto outros não criam grandes expectativas. O fato é que a maneira de enfrentar este período de isolamento social é muito particular, e gerou na Idea!Zarvos uma curiosidade: como será que os arquitetos veem o impacto da doença no desenho das cidades?

Para responder a essa pergunta, convidamos grandes nomes da arquitetura paulistana a participar do quadro “Cidades e arquitetura pós-Covid-19”, no Instagram Idea!Zarvos. Cada um dos arquitetos convidados teve que refletir a respeito de como a pandemia pode influenciar diretamente nos próximos projetos que venham a ser construídos.

A primeira arquiteta convidada foi Suzana Glogowski, coordenadora de uma das equipes de arquitetura do Studio MK27, responsável pelo projeto do Idea!Zarvos Ourânia 231. Suzana escolheu um trecho do poema “A flor e a náusea”, de Carlos Drummond de Andrade, para representar sua visão de arquitetura pós-Covid-19.

“Uma flor nasceu na rua!

Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.

Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.”

O poema nos mostra que em meio à tragédia surge um novo elemento, para apontar um caminho mais belo – ainda que no início ele pareça feio. As cidades e arquiteturas que não valorizam o bem-estar, agora terão a chance de se transformar. O caos é um convite ao novo.

E para você, qual será o desenho das cidades pós-pandemia?

Ourânia 231

Marcio Kogan

Aptos de 280m² a 469m² ・ até 5 suítes

Sem unidades disponíveis

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Marcio Kogan

Aptos de 280m² a 469m² ・ até 5 suítes

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