O conceito de arquitetura biofílica, bastante em voga nos últimos anos, tem resgatado a integração entre o homem e a natureza. Construções que promovem a sinergia entre a arquitetura e o paisagismo beneficiam moradores, usuários e contribuem com a transformação dos cenários das cidades. Em grandes metrópoles onde antes só se viam paisagens cinzas, agora já é possível identificar nuances verdes por todos os lugares.

Apesar de o termo “arquitetura biofílica” ter surgido com mais frequência em 2019, a aplicação do conceito é antiga. Em São Paulo, por exemplo, o edifício Louveira – entregue em 1949 – tem entre suas torres um jardim central de mais de 20m, criado pelo arquiteto João Batista Vilanova Artigas com o intuito de dar continuidade à praça localizada do outro lado da rua. Neste e em muitos outros projetos, Artigas explorou o diálogo entre a casa e a cidade, usando muitos recursos da arquitetura biofílica.

Os projeto da Idea!Zarvos apostam no paisagismo como protagonista, dividindo palco com a arquitetura. No portfólio de projetos entregues, são vários os exemplos, tanto residenciais, quanto comerciais. Alguns deles:

･ Oito | Arquitetura Isay Weinfeld e paisagismo Rodrigo Oliveira

･ Uba | Arquitetura Jacobsen e paisagismo Rodrigo Oliveira

･ Oka | Arquitetura Isay Weinfeld e paisagismo Rodrigo Oliveira

･ Módulo Alto de Pinheiros | Arquitetura Rocco Associados e paisagismo Isabel Duprat

Para Rodrigo Oliveira, responsável pelo paisagismo de dezenas de projetos da Idea!Zarvos, o papel do paisagista é não deixar rastros. Mas como assim?

“Nós paisagistas que fazemos jardins naturalistas, partimos da premissa de quando finalizamos o trabalho, o legal é parecer que não o fizemos. O trabalho bem-feito é quando olhamos para um jardim e achamos que ele nasceu sozinho, sem interferência, totalmente harmonioso, bonito e integrado ao bairro.” – Rodrigo Oliveira

Em cada projeto de paisagismo Rodrigo traz consigo referências de diversas escolas, da assimetria japonesa aos clássicos italianos. Estudar norteia os seus dias de trabalho: seja o novo projeto, com a arquitetura e o design envolvidos, as novas experiências de cultivo, tecnologias e a alma de seus clientes. Ele põe a mão na terra, conta com o olhar experimentado, a empatia e a sabedoria da intuição.

No Floresta, lançamento mais recente da Idea!Zarvos, a arquitetura biofílica ultrapassou todos os demais projetos do portfólio.

Uma praça com mais de 1.200m² de jardim exuberante separa as torres do edifício e floreiras com irrigação automática compõem a fachada. Além disso, pequenos jardins foram distribuídos por todas as áreas comuns, fazendo com que o verde esteja presente na vida dos moradores e em total harmonia com o clima arborizado da Vila Ipojuca.

Créditos aquarela edifício Louveira: Ana Mahler.